Por vezes, me pego pensando como Deus olha para nós pobres iniciantes, aspirantes, calouros e neófitos, aliás, pobres mortais tentando explicar o inexplicável, o TEOS e o LOGOS. O ser humano vem ao longo de sua história elegendo seus próprios deuses, por não ser capaz de expressar seus sentimentos de que há alguém que o faz sentir-se protegido ou ameaçado. Estudando as tradições, religiões e culturas de povos antigos e etnias presentes, que aos poucos vão sendo alcançadas, vamos percebendo que, a necessidade de Deus está presentes em todas elas. Fiódor Dostoiévski, literato romancista russo do século dezenove disse que: “Existe no homem um vazio do tamanho de Deus”. Não importa sua época ou origem, o homem sempre arrumará algo para focar sua espiritualidade. Certo ou errado ele terá um Deus.
Na nossa teologia, o “Imago Dei” busca estabelecer uma linha de estudo chamada de Teologia Sistemática que procura organizar sistematicamente sua filosofia religiosa. Isso nos leva a dividir nossos estudos em outras teologias subsequentes, que na realidade nos levam à tentativa de dividir o indivisível. Deus é uma essência simbiótica que procuramos analisá-lo de forma fracionada. A doutrina de Deus pode ser estudada englobadamente, mas, para facilitar a dividimos em Doutrina do Pai e doutrina do Filho e do Espirito Santo respectivamente. Na nossa mente humana, formatamos imagens distintas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, quando na realidade isso não pode acontecer. Vejamos o que Jesus falou sobre isso em João 10: 30 “Eu e o Pai somos um”; 14: 9b; “Quem me vê a mim, vê o Pai que me enviou” e, o que João registra em seu primeiro capitulo versos dois e três: “No principio era o Verbo .... e o verbo era Deus” e isso se repete com a terceira pessoa da Trindade. Por mais que tentemos em nossa teologia fracionar para nossa melhor aprendizagem a Trindade, ela permanece perfeitamente composta em sua essência única. Por isso, me pego a pensar, o que Deus pensa de nós e de nossas tentativas insistentes em ensinar sobre como Ele é à luz de nossa compreensão. É possível que Ele esteja falando: “Ei teólogo! Eu não sou o Deus de sua teologia”.